Radicalizando? Não! Só seguindo minhas opiniões!

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Os últimos meses foram de revolução interna. Coisas acontecendo em uma velocidade assustadora e sem controle, que parece nos tirar do rumo. Viagens a trabalho, problemas de saúde, complicações financeiras e quando vemos, estamos de ponta-cabeça.

Desde maio do ano passado estou passando por modificações pessoais que andam deixando muita gente chocada. Primeiro foi quando decidi que ia emagrecer, não por estética, mas para poder realizar meu desejo de ser mãe. Comecei a ouvir e ler comentários das “seguidoras do movimento plus size” que eu estava “traindo a causa”. Que causa, filhas? Quer dizer que preciso ficar gorda o tempo todo pra agradar todo mundo? Não faço parte de causa alguma. Só aprendi a me amar como sou ao longo dos anos: gorda. E por isso, agora posso ter o prazer de querer emagrecer quando bem entender!

A volta pra terapia semanal foi outra coisa que a “sociedade” adorou criticar. Muita gente ainda tem aquela imagem de que quem faz terapia é “louco”. Está mais que na hora das pessoas aceitarem que conhecer a si próprio não é loucura e que pedir ajuda quando não conseguimos lidar com os problemas sozinhos não é fraqueza. Para todos aqueles que ficaram falando que o que eu precisava era “de uma boa trouxa de roupa para lavar” e que terapia era coisa de “gente fresca” só tenho uma coisa a dizer: não enche!


Quando chegou fim de ano resolvi que era hora de mudar o visual. E comecei a pensar o que fazer para me sentir bem. Como vocês viram no post sobre minha perda de peso, cortei o cabelo estilo Chanel e fui altamente elogiada. Porém, o ano de 2013 virou e aquilo não me deixou ainda satisfeita. Resolvi “radicalizar” e cortar mega curto a minha juba. Pronto! Bastou para ativar os críticos de plantão!

Sempre usei meu cabelo muito curto desde criança. Como meu cabelo natural é muito crespo, mantê-lo curto me poupava tempo e dinheiro. Quando tinha que deixar crescer o gasto em salão para mantê-lo liso era alto demais e acaba passando a tesoura. Depois de um tempo, e piadinhas, resolvi deixar crescer.  Além das críticas dos namorados (coisa normal entre homens) tinha a crítica familiar. Meus pais sempre ficavam falando que eu parecia um homem. Tudo isso em minha adolescência se agravou junto com a obesidade e altura exagerada. Eu era o verdadeiro patinho feio excluído de todos os grupos.

Demorei muito a me aceitar como era: alta, gorda e de cabelo indomável. Quando comecei a aceitar essas situações, meus cabelos já estavam longos e eu acabei me acostumando a ficar assim. Mas o tempo passa, a vida mudar e nós mudamos. Esse ano eu precisa disso: uma mudança radical em todos os sentidos! E foi isso que fiz!

Depois de um turbulento 2012, eu precisava encontrar dentro de mim metas, desejos e vontades que do lado de fora (na sociedade) eu não achava mais. Mudei minha forma de comer e voltei a fazer atividades físicas, passei a vestir o que gostava sem me importar me achavam com estilo de “velha”, retornei para terapia porque não estava conseguindo lidar sozinha com os problemas e voltei a ter cabelos curtos, porque me amo desse jeito e não vou mais permitir que deem opinião na minha forma de viver. E ao ler o texto da Claudia Regina no blog Papo de Homem, me dei conta de que não deixei de ser feminina, nem mulher por gostar de ter cabelos curtíssimos! Então a opinião alheia que se dane!

A maratona da perda de peso continua. No próximo post vou relatar como andam as coisas. Resumindo: fui do manequim 56 para o 48 em menos de 1 ano. A terapia vai bem, obrigada. O cabelo cada dia menos rebelde. E meus sonhos estão seguindo em frente.

E para completar a virada de ponta-cabeça ainda perdi meu melhor amigo e filho de quatro patas essa semana. No sábado, dia 30 de março, depois de lutar contra uma pneumonia, meu cachorro, Zezinho, de 14 anos e meio, veio a falecer. Meu chão sumiu. Foi tudo muito rápido. Isso se juntando com a procura por um emprego fixo, as mudanças internas pelas quais tô passando, decisões que tenho que tomar, responsabilidade que tenho que honrar simplesmente perdi o rumo.


Estava me preparando semana passada pra voltar a escrever nos blogs quando ele ficou doente e todo meu foco, energia e atenção ficaram voltados para o tratamento dele. Perdemos a batalha, mas não perco esperanças. Ainda choro pela casa quando lembro dele. Sinto falta do cheiro, das brincadeiras, de leva-lo pra passear na rua e tudo mais, porém, já estou à procura de um novo membro da família. Nesse fim de semana irei a duas feiras de adoção de filhotes aqui no Rio, na esperança de encontrar meu próximo filho (ou filha) de quatro patas.

Estou me organizando para postar nos blogs pelo menos uma vez por semana. Espero que todas vocês, minhas queridas e amadas leitoras, me perdoem pela ausência. Mas como digo sempre nas redes sociais: eu não vivo de blog, portanto, por mais que ame meus espaços, não posso largar tudo em prol deles. Mas farei o possível para estar mais presente.

Vou seguindo minha opinião sempre de agora em diante. E a meu ver, isso não é radicalizar ou querer chocar a sociedade, é simplesmente querer viver a minha vida de acordo com o que meu coração. E se alguém não gostar só posso sentir muito por essa pessoa...





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2 comentários:

  1. Concordo em número, gênero, grau e cor!
    Também estou cansada de todo mundo se dar o direito de opinar na nossa vida (e não pagar as nossas contas pra compensar).
    Tem meses que não escrevo e sinto muito falta, mas ao mesmo tempo estou vivendo um experiência nova na minha vida, passei a morar com meu namorado, então estou vivendo fora da tela.
    Ano passado também comecei a ter dificuldades financeiras e esse ano as coisas devem melhorar, mas a gente precisa trabalhar e lutar por si, porque nenhum desses que reclama tanto vai fazer no nosso lugar!!!
    Sinto muito pelo Zezinho, sei como é triste perder alguém que a gente ama e que sempre foi tão companheiro, mas tenho certeza que em breve você vai arranjar uma boa companhia de quatro patas!
    Beijo, Ana!

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  2. É Aline... é assim mesmo. Todos adoram dar pitacos em nossa vida, mas pagar nossas contas nunca... Agora to na fase em que faço o que me dá prazer e se isso incomoda os outros, problema é do incomodado, não meu.

    Espero que sua nova fase seja brilhante e que o relacionamento seja de muito sucesso e amor!
    Beijos

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