2013 com saúde em dia e corpo em forma #ProjetoGordaLight em andamento!

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Como algumas pessoas já sabem, ano passado iniciei um projeto pessoal, Projeto Gorda Light, onde cuidar da minha saúde, do meu corpo e minha mente seriam as minhas top prioridades do novo ano. Tudo começou quando decidi que estava na hora de cuidar de mim para que assim eu pudesse realizar o sonho de ser mãe. E coloquei a mão na massa para que esse sonho se tornasse realidade. E não está sendo fácil, porém, compensador.

Desde 2009 (quando engravidei e acabei sofrendo um aborto espontâneo) que comecei a ter fortes dores estomacais que estava me privando de fazer coisas básicas como sair com amigos, me divertir em festas de família ou até comer uma pipoca no cinema. Iniciei uma busca incansável para saber o que havia de errado com meu corpo. Isso me levou a inúmeros médicos de diferentes especialidades: 3 clínicos gerais, 4 endócrinos e 6 gastros. E nenhum deles descobria o que havia de errado comigo.

Iniciei uma maratona de exames laboratoriais, endoscopias, ultrassonografias e nada. Ninguém conseguia explicar o motivo das minhas fortes dores e idas constantes ao pronto socorro. Nenhum alimento parava dentro do meu corpo. Comecei a perder peso descontroladamente e junto com ele todos os nutrientes necessários para viver bem. Foram longos três anos e tortura, e dor.

Ano passado decidi que era hora de iniciar minha busca pela maternidade. Como sempre soube que tinha problemas hormonais desde criança, sabia também que não seria um caminho fácil. Nada tem sido fácil para mim. Não seria o sonho de ser mãe que viria de mão beijada, não é? Então me pus a buscar informações na internet sobre os sintomas que eu sentia e vi que muitas pessoas tinham a mesma coisa e todos sem solução. Confesso, comecei a ficar desanimada e pensei que teria que viver eternamente sem me alimentar direito e no banheiro vomitando constantemente.

Cheguei a pensar nos piores cenários. Uma doença grave, sem cura, sem controle, morte. É normal nossa cabeça pirar quando estamos doentes e nenhum médico descobre o que você tem. Com a decisão da maternidade tomada tinha que dar um jeito nos outros problemas. Sempre soube que estar no nível de obesidade mórbida desde crianças não me ajudaria em nada realizar esse sonho. Além disso, meu corpo sempre resolveu ser do contra comigo e produção de hormônios necessários para ovular era algo que não existia em minha vida.

Início do projeto em abril de 2012

Em março do ano passado decidi voltar pra academia e mergulhar na piscina de volta à hidroginástica. Frequentei por alguns meses, mas por problemas financeiros tive que abandonar no fim de outubro. Nesse meio tempo as crises do estômago voltaram a me incomodar. Tomar omeprazol e buscopan não aliviam mais as dores. Em uma última tentativa resolvi arriscar novamente em um médico. Tinha acabado de trocar de plano de saúde e arrisquei conferir um novo gastro.

Ao chegar no Dr. Alberto, relatei todos os meus problemas estomacais desde o final de 2009 pra cá e que estava pensando em engravidar novamente, mas que estava com medo de sofrer um novo aborto espontâneo. Ele pediu novamente os exames que fiz e mais alguns outros. Depois dos resultados ele chegou a conclusão que eu já desconfiava depois de pesquisas feitas nos últimos três anos na internet: eu estava com dispepsia funcional e meteorismo crônico.

Mas que diabos é isso? Afinal, vocês não são obrigadas a entender termos médicos, não é, leitoras? Traduzinho pra “pacientês”, a dispepsia nada mais é que má digestão e o meteorismo gases estomacais. Ter uma dispepsia funcional nada mais é que ter uma má digestão crônica que é agravada por momentos de estresse. E o meteorismo é quando você não consegue eliminar os gases durantes as crises e é justamente ele que causa as dores insuportáveis.

O gastro me explicou que as pessoas nascem com dispepsia. Que ter problema de má digestão vem com você do útero. Bebês que choram muito quando pequenos por conta de cólicas terão tendência a problemas estomacais ao longo de sua vida adulta. Porém, quando engravidei em 2009, a própria gestação agravou meu caso o tornando crônico. Explico: a gravidez por si só já é causadora de problemas gastrointestinais naturalmente, se no caso, você já tenha um outro problema ele poderá (ou não) se agravar. Foi o meu caso. A pequena má digestão se tornou o meu “monstro no armário” da minha vida.

Como indicação médica a primeira coisa que Dr. Alberto me “receitou” foi uma dieta equilibrada livre de gorduras e frituras elaborada por uma nutricionista. Passou medicamentos a mais, além do omeprazol que já tomava, e indicou atividades físicas e acompanhamento endócrino, caso eu engravidasse novamente para não piorar o quadro.  E lá fui eu procurar a nutricionista!


No final de 2012 também decidi que precisava cuidar da minha saúde mental. A volta para a terapia me fez ficar centrada nas coisas que eu realmente queria e organizar meus pensamentos para enfrentar essa mudança radical que eu iria passar por conta do meu problema de estômago. Procurei a nutrio e expliquei todo o caso com o gastro. Ela analisou o resultado dos meus exames e notou que todos estavam com dados irregulares.

Eu, que já tinha ido ao endócrino, por conta dos resultados, já tinha sido medicada em caráter de urgência para aumentar minha vitamina B12. O mínimo de uma pessoa normal é de 180 pg/ml e eu estava com 62, ou seja, em estado crítico de anemia. Além disso, todos os outros resultados assustaram os médicos. Meu hormônio SHBG (hormônio sexual) estava abaixo do esperado e o FSH (o folículo estimulante, que me faz ovular) também. Tudo isso estava sendo causado porque meu corpo estava com falta de proteínas e vitaminas para fabricar o que eram necessários para funcionar.

Doses fortes de medicamentos me foram passados para regular essas diferenças e a nutricionista passou uma dieta rígida livre de gorduras e frituras, para aliviar as crises estomacais. Junto com a dieta, ela me indicou usar Chia, uma semente parente, da tão conhecida, Linhaça, mas com muito mais propriedades nutricionais. Além de me ajudar a repor aquilo que me organismo não estava produzindo a Chia (que se transforma em gel em contato com líquidos) me daria uma sensação de satisfação me impedindo de comer em demasia (o que faria mal ao meu estômago).

A primeira regra estipulada pela nutricionista foi de cortar o jantar com alimentos sólidos. Quem tem dispepsia não deve comer nada sólido à noite, pois o processo de digestão é mais lento. Comecei então a minha maratona de sopas noturnas. No café da manhã o famoso pão francês foi substituído pelo de forma integral e a margarina por queijo ricota ou requeijão light. O almoço passou a ser meu prato principal do dia. Nele tenho que me alimentar bem para não sentir necessidade de beliscar durante o dia. No lanche da tarde posso comer frutas, iogurte ou cereal com leite semi-desnatado.

Assim tem sido minha rotina desde outubro de 2012. Pra minha surpresa, já perdi 18,350kg e passei do número 56 em minhas calças jeans, para o número 48. Refiz os exames agora em janeiro e a minha vitamina B12, antes 62, subiu para 197 pg/ml. Meu FSH também subiu em três pontos e o hormônio sexual deu um pulo de 13 pontos na escala para cima! Resumindo: minha anemia crônica foi controlada, perdi peso sem ficar magrela-esquelética-feiosa, fui do 56 para o 48 e tive que mandar apertar todo meu guarda-roupa, meus ovários voltaram a funcionar e meu apetite sexual voltou!

Resultado dos exames antes e depois da dieta/tratamento

Sigo indo à terapia toda semana. Afinal, preciso cuidar da mente tanto quanto do corpo. Sigo a dieta rigidamente, não porque quero ficar magra, mas sim porque não tive mais crises estomacais graves a ponto de me deixar de cama ou correr para o hospital. Aprendi a me alimentar melhor e quando viajo, tenho a opção de levar sopinhas prontas, como da Vono, para não sair da dieta. Uso a farinha de Chia duas vezes por dia, inclusive quando como fora, levo sempre um pouquinho comigo para colocar nos alimentos (afinal são apenas duas colheres de chá por dia). E nisso vou seguindo minha vida.

Quanto ao projeto de engravidar... Não! Não arrumei ninguém. Continuo solteira e pretendo ficar assim por muito tempo. Meu filho será uma coisa planejada, seja feito com alguém que esteja ao meu lado ou em um projeto independente, ainda não cheguei a esses detalhes. Ainda estou nos três dígitos na balança, não quero ficar magérrima, mas quero sair desses três números assombrosos. Hoje estou com 108,200kg e pretendo, até meu aniversário em abril (quando o Projeto Gorda Light completará 1 ano de vida) ter chegado aos 95kg e para mim isso já estará muito bom. Afinal, sou alta e ficar muito magra me sinto até feia.

Próximas metas do Projeto Gorda Light:
  • Parar de vez de tomar refrigerantes
  • Diminuir a quantidade de chocolate
  • Chegar aos 95kg
  • Entrar numa calça 46
  • Engravidar




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2 comentários:

  1. Minha amiga carioca.... Só tenho algo a lhe dizer; meus parabéns, e continue firme no seu propósito seja ele qual seja.

    Não tenho a intenção de engravidar heuehuheuhe porém outros atrativos fez com que eu mudasse radicalmente tudo em minha vida, minha alimentação meu modo de viver, só está faltando fazer terapia, quem sabe não agrego isso ainda este ano.

    Parabéns mais uma vez e força na peruca, vc chega lá ;)

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  2. Esse negócio de fazer dieta pra melhorar a saúde emagrece imensamente mais rápido que as loucuras que as minha conhecidas fazem.
    Elas ficam dizendo que eu engordei e um monte de outras coisas, mas visto o mesmo tamanho de calça há uns 4 anos sem muitas alterações.
    E uma ainda teve coragem de dizer que ela pode repetir o prato quantas vezes quiser porque qualquer coisa ela vai a Ubá e opera de novo... Não tenho dinheiro nem vontade de fazer isso. Estou sentindo necessidade de melhorar minha alimentação, principalmente agora que voltei a jantar (e comer de verdade, não pular refeições) porque meu marido chega tarde do trabalho e morrendo de fome então a gente sempre cozinha.
    Gostar de si mesma é um trabalho complicado. A terapia é pra quem sente necessidade, assim como ser mãe. Apoio sua decisão e dou toda força!

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