Se preocupar demais com o físico na gravidez pode ser sinal de pregorexia

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Neste fim de semana assisti um especial do canal Discovery Home & Health onde uma modelo britânica percorreu o mundo atrás de futuras mamães que estão cada dia mais preocupada com a beleza e deixam de lado o bem-estar de seu futuro bebê. O ícone do padrão de beleza torta onde toda mulher tem que ser magra para ser bonita e aceita já está afetando também as gestantes, acredite.

A eterna mania de fazer dieta está cada dia mais levando a mulherada à loucura. Um desses problemas graves está começando a afetar não só a mulher em si, como a toda sua família, e futura também. Com as famosas se destacando nas capas das revistas onde estão grávidas, lindas e esbeltas, e após o parto voltar rapidamente à forma original do corpo, cada dia mais mulheres empenham-se em imitá-las, trazendo problemas de saúde para si e para o feto.

Esse distúrbio alimentar foi nomeado de pregorexia (pregnancy  = gravidez + orexia = apetite), onde a gestante continua de forma descontrolada a fazer dietas malucas para não engordar nenhuma grama a mais e voltar a ficar magra após o parto.

Para uma gestação saudável uma mulher deve engordar entre 9 e 14 kg, isso dependendo do seu tipo físico e dos riscos da gravidez. O médico irá orientar como ela deve proceder em cada gestação. Engordar abaixo desse peso pode trazer riscos sérios para o desenvolvimento do feto, como um bebe abaixo do peso, além de riscos para mãe e o bebê, como parto prematuro e outras doenças relacionadas à gravidez.


No documentário exibido na TV aparecer uma mulher que estava no nono mês de gestação e só tinha engordado apenas 4 kg, fiquei chocada com isso. Como assim só 4 kg? E o bebê? Ela não pensou nos problemas que poderia trazer para ele essa alimentação errada?

Sei que distúrbio alimentar é uma doença, e difícil de ser curada, porém existe o controle. Comer demais ou de menos durante a gravidez só irá prejudicar a si e seu bebê. Ao comer compulsivamente você aumentar o risco de diabetes gestacional, pré-eclâmpsia (aumento da pressão) e aumento do peso do bebê, que dificultará um parto normal. Já na versão contrária, além do parto prematuro a futura mamãe corre o risco de morte, e caso sobreviva ainda pode adquirir doenças específicas desse distúrbio, como complicações cardiovasculares, digestivas, endócrinas, hematológicas e ósseas.

Não é necessário que uma mulher tenha anorexia ou bulimia anteriormente para ter pregorexia. Esses distúrbios são os mais comuns e evidentes durante o evento, porém existem outras formas dos familiares perceberem (principalmente os papais) de que a futura mamãe está com problemas. Idas constantes ao banheiro após as refeições, excesso de atividades físicas (principalmente depois de se alimentar), preocupação exagerada de estar 'engordando', mesmo sabendo que está grávida e uso de medicamentos à base de laxantes com a desculpa de que o intestino não está funcionando corretamente, são sinais de que algo está errado.

Quando a paciente não está ganhando peso, o médico solicita o acompanhamento fetal para saber como está o seu desenvolvimento. Nem sempre porque uma futura mamãe não está engordando o necessário, quer dizer que ela esteja com pregorexia. Por isso, as visitas ao obstetra e conversas regulares com amigos, familiares e companheiro é fundamental para uma gestação saudável e um bebê cheio de saúde e feliz. Pense nisso!






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