O texto do Terra cita uma pesquisa norte-americana onde foi apontado o índice de 38% de propensão de divórcio em relacionamentos onde as mulheres são as chefes de família. A pesquisa foi realizada pelo cientista Jat Teachman, da Universidade Western Washington, que ainda revelou que a maior parte dos companheiros que são 'sustentados' por mulheres são infiéis.
Segundo o especialista os homens usariam a traição como forma de compensação e afirmação da masculinidade perdida na relação de sustento do lar. E nesse meio todo ficamos nós, infelizmente, as mulheres, que hoje somos obrigadas a trabalhar fora, tendo que se submeter a solidão opcional por conta da falta da autoafirmação masculina territorial.
Também acompanhei o texto da Martha Medeiros, no Jornal O Globo (só para assinantes), que falava sobre outra pesquisa realizada em Harvard que mostrou em seus resultados que quanto mais estudadas são as mulheres mais dificuldade em manter uma relacionamento íntimo elas têm. Saí caçando mais textos e reflexões sobre o assunto e encontrei um texto da jornalista Mônica Alvarenga, em seu blog Coisas de Valor (que também leu a coluna da Marta e comentou sobre ela).
Temos mesmo que ser bem sucedidas e solteiras para sermos felizes? |
Nesse contexto retrógrado em que estamos vivendo é notável que cada dia mais as mulheres (que são a maioria no mundo) fiquem cada vez mais sozinhas. Assim como a Mônica olhou para seu grupo de amigas e refletiu sobre o tema também comecei a olhar à minha volta e realmente notei que quanto mais longe, profissional e intelectualmente falando, minhas amigas vão, mais solitárias e reclamando de suas relações afetivas elas ficam.
Eu, particularmente, nunca tive o sonho de casar em igreja, papel passado nem nada desse tipo. Meu único grande sonho familiar futuro foi o de ser mãe e isso, hoje em dia, não precisa ser necessariamente dentro de um casamento ou relação estável. Mas vejo ainda em minhas primas (na faixa dos 18 aos 24 anos) que sonham em casa de véu e grinalda, ter filhos etc e tal. A maior parte delas pretende, já fez ou está cursando uma faculdade, mas isso não quer dizer necessariamente que irão seguir carreira. Juro, não vejo elas fazendo isso. São do tipo românticas que largam tudo 'em nome do amor'. Já euzinha, nunca faria isso. Meus sonhos e minha carreira em primeiro lugar sempre.
Infelizmente ainda temos muitos homens que vivem 'como antigamente', achando que nós mulheres, nascemos para ficar em casa cuidando dos filhos enquanto eles tem que exercer o papel de provedor do lar. Mas também já existem homens que aceitam, e até procuram, uma relação de divisão e soma, ou seja, divisão de tarefas e obrigações e soma de sentimentos e resultados. Isso é algo para todas? Não! Muito raro de ocorrer e aquela que encontrar um partido tão evoluído como esse deve agarra-lo sem pensar duas vezes (se for esse seu sonho de futuro – constituir família). Do contrário poderá a sofrer do novo mal da humanidade: solteirice aguda por falta de opção.
Entre o tradicional e novo radical fico com a opção do 'meu'. Meu sonho, meu destino, meus desejos, minha visão do que é bom para mim. Aquele que gostar de mim nesses termos que me acompanhe, do contrário, pode me deixar sozinha nessa estrada que estou indo muito bem (obrigada) até aqui.
Não tem regra mesmo... Estamos vivendo um momento de transformação e vamos nos adaptando como podemos. O importante, acho eu, é não perder a consciência de si, seja qual for a escolha. Eu não tenho essa questão resolvida, estou experimentando, com a tranquilidade de quem já realizou um sonho: o de ter uma família, com filhos etc etc etc. Perdas e ganhos são inevitáveis de todos os lados!
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