A rotina e o limite da loucura

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Assistindo ao seriado Nurse Jackie e vendo o dia-a-dia louco da enfermeira viciada e infiel comecei a pensar nas loucuras que a rotina faz para nossa cabeça. Não estou dando desculpas pelos erros de Jackie, que é viciada em remédio e trai o marido. Mas que todas nós buscamos uma rota de fuga quando a coisa fica feia, ah, buscamos.

Na adolescência são os amores platônicos e hormônios enlouquecidos. No começo da vida adulta são decisões sobre estudo e carreira. E isso quando já não se tem filho ou está casada. Ah o casamento! A maior rotina de todas. Se namorar já causa uma canseira danada no relacionamento imagine viver 24 horas por dia com a mesma pessoa, brigando pelas mesmas coisas diariamente, perdendo o romance, a paixão e o desejo pelas coisas pequeninas?

É fácil deixar a rotina acabar com nossas vidas. Contas para pagar, filhos para educar, marido para cuidar, casa para limpar. Problemas, alegrias, sucesso, frustrações. Tudo se mistura num boom de emoções incontroláveis e quanto mais velhas vamos ficando piores ficam. Ou é o dinheiro que falta ou é o amor, atenção e compreensão.

Por isso, odeio o clichê das pessoas dizendo que 'dinheiro não traz felicidade'. Pode até não ser o responsável principal por ela, mas que ajuda, ajuda. Quem nunca teve a vontade de gritar ou sair quebrando tudo o que vê pela frente quando as contas chegam e o salário não cobre nem a metade? E quando você planeja o ano inteiro aquela viagem de férias e percebe que o dinheiro que economizou não dará nem para entrada? Ao invés de relaxar, só irá se estressar. Fato. O dinheiro pode não fazer ninguém feliz, mas deixa sua vida mais confortável e com isso, menos estressante. Mas tudo na medida certa.


O 'demais' também causa problema. Amor demais, dinheiro demais, sucesso demais, felicidade demais. Ninguém é feliz o tempo todo e se afirmarem isso estão mentindo. Todos nós perdemos alguém ou algo que é muito importante, e sentimos isso. Dói e muito. Felicidade plena não existe. Existe sim momentos felizes.

Voltando à personagem Jackie do seriado, vejo que a vida que todos que olham de fora e consideram perfeita não existe. Um marido carinho que a ama, filhas lindas e inteligentes, casa, emprego, sucesso... (?) Será? Um marido meloso, que de tanto amor que tá enche o saco. Nunca reclama, nunca desconfia, não pede ajuda, se acha autosuficiente. Um emprego onde tudo fica em suas costas e o salário não é lá grandes coisas. Ela arrumou uma fuga. Ou melhor, duas. Os comprimidos e um amante. Que se tornou outro problema.

Quanto mais problemas ou fugas arrumamos para fugir do foco principal mais complicado fica. Fugir não resolve nada. Temos que sentar sozinhas e conversar com si mesmos para podermos entender quais são os problemas e quais são as possíveis soluções. Tentando encontrar saídas 'fáceis', nem sempre é o melhor resultado, só deixa tudo mais complicado.

Quem nunca se refugiou no cigarro, no álcool, nas drogas, em amantes, na própria Internet ou em outras coisas mais para esquecer os problemas do dia-a-dia? Pelo menos uma em cada 10 mulheres do mundo tenta fingir que está tudo bem quando na verdade está mal. Acho que faz parte da nossa natureza feminina de tentar achar uma cura para tudo: machucado do filho, problemas de estresse do marido, chefe de mau humor, etc. Sempre queremos ajudar, cuidar, proteger. E na maior parte das vezes esquecemos de fazer tudo isso por nós mesmas.


Fica a dica: ao invés de fugirmos dos problemas, porque não passamos a enfrentá-los? Não tente salvar o mundo, não conseguirá. Antes de ajudar alguém, seja ele quem for, lembre-se que você deve estar de bem consigo mesma. Se você tem problemas internos como acha que poderá ainda assumir os problemas dos outros? Tire um tempo para você. Saia sozinha, com as amigas, faça Yoga, terapia, dança... Qualquer coisa. Mas tente primeiro resolver seus assuntos pendentes com seus fantasmas antes que eles se sintam sozinhos e voltem para te assombrar.

Se nada disso funcionar, ligue o f'da-se e seja feliz!





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