Falsa independência

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Sabe quando crescemos, finalmente nos tornamos "adultos", mas infelizmente ainda vivemos sob o teto de nossos pais e temos que acabar acatando tudo o que nos é imposto? Isso mesmo. Essa é a falsa independência que assola muitos jovens adultos no mundo inteiro. Eu sinto isso na pele, e confesso é difícil lidar com a situação.

Tem horas que queremos jogar tudo para o altar, gritar um "dane-se" bem alto, mas em certas situações não podemos. Quando moramos com eles por opção, pois temos um emprego que nos sustenta, dinheiro para sair de casa a hora em que quisermos o negócio é diferente. Mas e quando, infelizmente, ainda dependemos financeiramente deles, mesmo depois da vida adulta? Essa situação é para lá de complicada.



Ao mesmo tempo que temos direito a nossa privacidade, nosso canto, nossos segredos, temos que nos submeter às regalias impostas por eles. Eu, por exemplo, não consigo emprego fixo há mais de um ano, uma vez ou outra consigo algum freela que me ajuda a pagar algumas pendências financeiras. Não faço mais compras pessoais, como roupas, sapatos, passeios, etc. Mas ao mesmo tempo sou obrigada a necessitar do suporte deles em caso de moradia, alimentação e outras coisas mais, e aí que vem o problema.

Por vivermos debaixo do mesmo teto e não termos condições financeiras de sair dali eles querem controlar nossas vidas. Onde vamos, com quem vamos e até com quem falamos ao telefone, e em certos momentos até o conteúdo da conversa. Confesso que muitas vezes me sinto pressionada, sufocada, humilhada, por assim dizer, mas nada posso fazer. Entrevistas de emprego atrás de entrevistas e sempre um "não" como resposta.

Não tenho como sair de casa, nem como voltar a estudar para melhorar minhas opções de emprego, nem convidar amigos para me visitar, nem sair com os amigos para me divertir. Não posso, não tenho dinheiro. Não posso, a casa não é minha. Não posso, porque vivo em uma situação de falsa independência. Apesar de já ser adulta, para nossos pais sempre seremos aquelas crianças burras, inocentes, imaturas e que fazem tudo errado. Amigos errados, empregos errados, amores errados. É frustante. É chato. É doloroso.

Tem horas que só queria poder jogar uma mochila nas costas e fazer como nos filmes, sair pelas estradas sem rumo até poder encontrar o meu rumo. Utopia? Acho que sim. Mas pelo menos em meus sonhos e desejos íntimos eles ainda não podem mandar, nem opinar. Eu acho...

Desculpe o desabafo. Não uso meus blogs há séculos para falar da minha vida pessoal, mas tem hora em que é preciso colocar para fora.




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