Desventuras natalinas

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Para muita gente o fim de ano é sinônimo de paz, tranquilidade, reunião familiar e muitas compras. Claro, além do estresse e da correria habitual o fim de ano traz eventuais aborrecimentos no dia-a-dia. Mas nada se compara as crises familiares na noite natalina. Parece que toda família tem o prazer de se reunir uma vez por só para arrumar confusão.

Que nenhuma família é perfeita isso todo mundo sabe. Que o Natal é o feriado preferido para lavação de roupa suja também, não é novidade para ninguém em nenhum lugar do mundo. Mas o que me irrita de verdade são os valores e escolhas daqueles que deveriam nos amar, como nossos pais, por exemplo. Quando somos magoados por terceiros, e temos razão para ficar aborrecidos, o que mais irrita é saber que aquele que "deveria" ficar ao seu lado, prefere defender o seu ofensor. E juntando tudo isso na noite de Natal tudo fica ainda pior.



Muitas de vocês, amigas leitoras do FP, devem estar achando que fiquei louca ou que tive alguma briga no Natal. Quem escolheu a segunda opção acertou. Mas se pensam que só estou chateada porque foi só uma briguinha de família e que logo vou esquecer, estão muito enganados. O motivo central da briga não vem ao caso, mas o que me irrita profundamente é que minha mãe optou por me deixar voltar para casa de madrugada sozinha em plena noite de Natal e preferiu ficar ao lado dos irmãos que ofenderam a mim, a ela e ao meu pai (ex-marido dela). Escolha dela? Claro. Mas também minha.

Comecei a lembrar dos Natais antigos da família onde sempre reinou a hipocrisia acima de tudo. Tios que nunca se falaram por mais de 30 anos e na noite de Natal todos viraram amigos só para agradar minha avó. E quando ela faleceu resolveram fazer as pazes e ficam "fingindo" que esses 30 anos nunca existiram e que tudo é motivo de ter festa e comemoração. Para mim isso só tem um nome: falsidade.

E isso não acontece só na família não. E não só eu, como muitas outras pessoas que conheço, odeiam o Natal. Mas sabe porque o radicalismo? Porque o Natal virou uma coisa comercial. Só querem saber de gastar dinheiro, distribuir os presentes mais caros do mundo, comer até passar mal (comida que não terão dinheiro de comprar o resto do ano) e beber até cair no chão.

Nas empresas é época dos falsos amigos virem lhe dar beijinhos e desejar um ótimo ano novo (daqueles em que eles estarão tramando novas coisas para te passar a perna – de novo). "Amigos" que passam o ano inteiro falando mal de você e do nada surgem com cartõezinhos, lembrancinhas, plantinhas e dizendo que você é o "melhor amigo do mundo", e no dia seguinte, quando estiverem sóbrios começam a malhar você outra vez.


Por essas e outras que para mim o melhor Natal é ficar sozinha. Sabe, passar a noite do "jingle bells" comigo mesma? Assistir um filminho básico no DVD, brincar de trocar de canal na tv a cabo, navegar um pouco na internet e ler textos interessantes, colocar a leitura daquele livro que já está empoeirando na prateleira em dia. Enfim, tirar esse dia para me curtir. Porque o Natal nada mais que como qualquer outro dia do ano. Na verdade Jesus nem nasceu em dezembro... (isso já é outro assunto, outra polêmica)

Por isso, essa de ficar dando "Feliz Natal", "Tudo de bom", "Uma ótima ceia", "Paz para todos" é pura balela e falsidade. Quero ver você que vive dando Happy Xmas para todos nessa noite ajudar aquele que precisa o resto do ano. Natal, espírito natalino deve durar o ano inteiro e não só uma noite por ano. Hipocrisia nesse mundo, nessa noite é pouca. #odeionatal #prontofalei ¬¬




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Um comentário:

  1. O natal é a noite das hipocrisias.. é isso
    #odeionatal.

    Por isso que eu respondo decentemente os #feliznatal que me mandam, mas nem ligo pras festas nem pra data em si. Fico em casa de bobeira como um dia normal de férias.

    ResponderExcluir

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